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Open Finance: bancos já permitem fazer Pix usando saldo de conta de outra instituição. Veja quais


Cerca de dez meses após a última fase de implementação do Open Finance — que possibilita, mediante autorização, o compartilhamento de dados dos usuários entre instituições financeiras —, bancos já permitem que os consumidores façam transações via Pix usando o saldo disponível em contas de diferentes instituições.

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O iniciador de pagamento é uma ferramenta que permite que o cliente aprove transações com recursos de contas de diferentes bancos. Funciona assim: se o usuário tiver R$ 100 no banco A e mais R$ 400 no banco B, poderá, em tese, fazer um pagamento de R$ 500 em uma das duas instituições financeiras de uma única vez, sem precisar acessar os dois sistemas.

Itaú Unibanco anunciou nesta segunda-feira (dia 17) a possibilidade de transferência via Pix com saldos de bancos distintos em meio ao lançamento de seu iniciador de pagamentos.

Por enquanto, a primeira funcionalidade liberada foi justamente a transferência via Pix. Segundo o banco, a função foi aberta na sexta-feira (dia 14) aos funcionários do Itaú, e a expectativa é que até a primeira quinzena de novembro esteja disponível para os clientes pessoas física. Ainda não há data para que o serviço seja liberado para os usuários pessoas jurídicas (empresas).

"O cliente poderá contar com a experiência dos canais Itaú para a gestão de suas contas em outras instituições com maior facilidade. O iniciação de pagamentos está sendo lançada após uma etapa importante de estudos e testes para garantir segurança e praticidade", afirmou Marcos Cavagnoli, diretor de Digital Cash Management e Open Finance do Itaú Unibanco.

Banco do Brasil (BB) lançou o serviço há pouco mais de um mês, no início de setembro. O banco foi o primeiro a ser habilitado para operar como instituição Iniciadora de Transações de Pagamento (ITP). Segundo o BB, num primeiro momento a solução está disponível para transferências de recursos via Pix de 18 instituições financeiras.

"A estrutura integrada do Open Finance irá permitir que, no futuro, os clientes escolham o App de banco que mais gostam e centralizem ali a gestão de suas finanças", explicou Fausto Ribeiro, presidente do BB, à época do lançamento da ferramenta.

Bradesco também liberou a funcionalidade no aplicativo no início deste mês, que está sendo liberada gradativamente aos usuários.

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Segundo o banco, para realizar a operação, o cliente precisa acessar a área do Pix no app Bradesco e optar pelo débito do valor na conta que mantém em outra instituição. Em seguida, o usuário é redirecionado para o ambiente do outro banco para autenticar e confirmar a transação.



Santander permite, por enquanto, apenas transações via Pix iniciadas em outras instituições bancárias utilizando o saldo da conta corrente no banco. O "caminho inverso", com débito no saldo das outras instituições, só deve estar disponível a partir de novembro para clientes pessoas jurídicas. A funcionalidade para pessoas físicas ainda está em desenvolvimento, mas, segundo o banco, sem uma data fechada.

C6 Bank, Banco BV e Nubank não têm a função, assim como a plataforma de pagamentos PicPay. A Caixa foi procurada, mas não respondeu.

O que é?

Lançado primeiro como Open Banking, o Open Finance é visto pelo Banco Central (BC) como uma evolução da modalidade lançada em fevereiro de 2021, e que começou com a disponibilização ao público de informações padronizadas dos produtos e serviços dos bancos.

O nome mudou oficialmente em março deste ano, porque o BC entendeu que, como o sistema passou a abarcar dados além dos bancários, como os de investimentos e seguros, o termo facilitaria a compreensão do público em geral.

A modalidade foi criada para estimular a competição entre as empresas e melhorar a experiência dos usuários, mas ainda deve levar tempo para que as mudanças sejam sentidas pelos consumidores. Enquanto bancos e fintechs desenvolvem novos produtos, alguns recursos já facilitam processos, como a abertura de contas e a liberação de crédito.

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